Desaparecimento

Sumiço de homem em São Vicente do Sul segue um mistério

Lizie Antonello

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Ao completar seis meses nesta sexta-feira, o desaparecimento de Danúbio de Lima Coradini, 32 anos, ainda é cercado de mistérios. E nem sequer começou a ser investigado oficialmente pela Polícia Civil. Ele foi visto pela última vez no dia 25 de outubro do ano passado no Balneário Passo do Umbu, em São Vicente do Sul, onde morava com a mãe e o padrasto. Apesar de o caso sinalizar para um possível afogamento, a mãe, Nara Coradini, 54 anos, não acredita na hipótese e acha que o filho foi assassinado.

Nara se despediu do único filho por volta das 18h30min, quando ele disse a ela que iria pescar. Havia sido uma agradável sexta-feira de primavera. Churrasco ao meio-dia, tarde de conversas regada a cervejas com familiares e amigos. À tardinha, o anúncio do filho:
_ Vou pegar o barco e pescar do outro lado do rio.

E assim ele se foi. Colocou o motor da embarcação na caminhonete e seguiu até a margem, que fica em uma linha reta a cerca de 300 metros da casa. Estacionou o veículo embaixo de umas árvores e deixou a chave no lugar de costume. Colocou o motor no barco, que fica atracado na margem, e atravessou o Rio Ibicuí, em cuja margem ficam as moradias que formam o balneário. No outro lado, fica um mato fechado e, mais adiante, lagoas naturais, onde, dizem os moradores, a quantidade de peixes é maior. Às 21h20min, Danúbio ligou para a mãe dizendo que em seguida voltaria para a casa.

_ Só que não apareceu até hoje _ diz a mãe.
No sábado, como era de costume ao acordar, a mãe foi ao quarto do filho. Naquela manhã, não o encontrou na cama. A caminhonete também não estava na garagem. Era cedo, 6h. Havia baile em São Vicente na noite anterior. Ela achou que ele poderia ter ido à festa. Tentou voltar a dormir, mas não conseguiu. Levantou uma hora depois, foi até a margem do rio e viu a caminhonete estacionada. Olhou em direção à outra margem e viu o barco. Chamou o companheiro dela, que, com a ajuda de um vizinho e um barco emprestado, foi ao local.

A embarcação estava atracada. Um chinelo do par que Danúbio estava usando foi encontrado dentro do barco, o outro estava boiando no rio ao lado. A cerca de 10 metros dali, foram achados uma chaira e uma lanterna que ele utilizava.

Há um jogo de empurra entre dois municípios

O desaparecimento foi registrado na Polícia Civil de São Vicente do Sul. Cópia da ocorrência foi remetida à delegacia de Cacequi porque a margem do rio de onde ele teria sumido e onde seus pertences foram encontrados pertenceria ao município vizinho. A delegacia de Cacequi disse nesta quinta-feira que devolveu o caso para São Vicente porque a suposta vítima é moradora daquela cidade. Para espanto e lamento da mãe e de amigos de Danúbio, nenhuma das duas abriu inquérito para investigar o caso.

Na edição impressa, confira outros casos de desaparecidos na região.

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